31 de mai. de 2008

1968, O ANO QUE NÃO TERMINOU

Á alguns dias tive a oportunidade de ler “1968 O ano que não terminou”. Escrito por Zuanir Ventura, essa fantástica obra é uma das mais completas sobre os acontecimentos do Brasil daquele ano. Aos que se interessarem, vai aí um pouquinho sobre este ótimo livro...

1968” tem como função central relatar os grandes acontecimentos provenientes das mudanças de comportamento, atitude e pensamento de muitos, principalmente da juventude do ano de 1968. Retrata as paixões e os dramas, as lutas e as vitórias de uma sociedade em reconstrução, repleta de inovações.

Para a sociedade dequele ano “quanto mais radical você fosse, mais interessante você seria”. Por isso o ano ficou marcado por passeatas e manifestações, algumas violentíssimas. Nessa mesma época "nasce" os tropicalistas, um grupo formado por Os Mutantes, Caetano Veloso, Gilberto Gil. Este grupo se tornara um dos principais personagens dentre os responsaveis por significativas mudanças presentes naquele ano.

O livro abrange também, os protestos, as manifestações e as passeatas realizadas por estudantes e militantes daquele ano. Cita alguns que foram mortos por defenderem a democracia e a liberdade dentro de um regime totalitarista (caso de Edson Luís Lima Souto), e mostra que a repressão, motivava cada vez mais a população a lutar pela conquista da liberdade. Comenta as crises provenientes das mudanças na sociedade brasileira. Fala sobre o plano terrorista, impedido em uma atitude heróica por Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, um capitão pará-quedista da Força Aérea Brasileira.

"Alunos Anômicos"


No dia 08/05/2005, a Revista Veja publicou um artigo relatando atuais problemas enfrentados pelos professores do nosso país, com o título com medo dos alunos. Segundo o artigo, nos últimos anos ocorreram grandes alterações no comportamento dos alunos brasileiros em suas salas de aula. Eles passaram a desrespeitar e agredir seus professores, subvertendo o censo de hierarquia e a aderindo a um sentimento de onipotência e superioridade. Com isso, inúmeros profissionais da educação passaram a sofrer a chamada “fobia escolar”. Um distúrbio psicológico ocasionado principalmente pela indisciplina e pelo excesso de desrespeito proveniente dos alunos.

Dentre a rede privada de ensino o problema predominante está em os alunos vêem seu professor como um empregado ou prestador de serviços pagos por seus pais, achando que por isso eles devem fazer suas vontades. Já dentre a rede publica, grande parte dos professores enfrentam a dificuldade de ter em suas salas, alunos que usam drogas e fazem porte ilegal de armas. Nas comunidades mais violentas, alguns professores convivem diariamente com a dificuldade e o medo de se tornarem vitimas de seus alunos. Acredita-se que a principal razão do comportamento agressivo e abusivo dos alunos, seja proveniente dos abusos sofridos em casa ou em suas comunidades, onde em alguns casos, existe graves reflexos da violência.

Concluo enfatizando: o professor possui um papel importantíssimo na formação e no conhecimento de qualquer individuo, quer seja adulto ou criança. É necessário valorizar e dar mérito aos que se dispõe a trabalhar nesta profissão. Pois só alcançaremos o crescimento e a mudança quando investirmos em todos os aspectos e ferramentas necessários para uma boa educação.

Roda Viva

Roda Viva é uma comédia musical, escrita em 1967 por Chico Buarque de Holanda, dirigida por José Celso Martinez Corrêa e encenada a partir de 1968. A peça retrata a trajetória de um cantor popular, Benedito Silva - que depois mudara seu nome para Ben Silver – á sua ascensão e posteriormente a sua queda dentre o mundo da fama.

Escrita num período de grande mobilização popular em busca da liberdade de expressão e da conquista da democracia no Brasil, a peça aborda criticas sociais ao regime totalitário e a repressão. Comenta também sobre flexibilidade de sucesso no mundo artístico e a pressão imposta por quem governa, e é responsável por algo que temos, ou algo que é de todos. Pelas criticas presentes na encenação teatral, a peça enfrentou perseguições e ameaças do regime governamental. Em 17 de julho do ano de sua estréia, o teatro foi invadido por um grupo de extrema direita: o Comando de Caça aos Comunistas (CCC), e posteriormente proibido de ser exibido em todo o território nacional.